Nos últimos dois anos, venho trabalhando intensamente para a conclusão de um sonho antigo: escrever um livro. O lançamento está confirmado para o dia 26/08 no Rio de Janeiro e 01/09 em São Paulo. Espero que os amigos das duas cidades possam comparecer nesse momento tão único da minha vida. Por, favor, sinta-se livre para mandar o convite para quem você achar que vai gostar de ler o livro,

Por incrível que possa parecer, descobri nos últimos meses que escrever um livro é a parte fácil do processo de lançar um projeto no mundo. Nunca imaginei que a pós produção (edição, capa, diagramação, etc) exigiria mais a minha presença do que a escrita em si. Talvez, eu não esteja sendo justa. Cada processo exige uma atenção diferente, mas não imaginava que todos precisariam da minha presença de corpo e alma. 

Que bom que estabelecemos que viver no presente é melhor para ser feliz. Nenhuma fuga é possível nesse momento. A regra é válida para todos (acredito eu) aspectos da vida: seja no lançamento de um projeto pessoal, como é o meu caso, seja dentro de uma carreira corporativa, seja na escolha de um filme para assistir num domingo preguiçoso. Fugir é deixar seu protagonismo na mão de outras pessoas. Aí é preciso escolher a dor mais suportável: a de não se realizar alguma coisa ou a de não se responsabilizar pela sua felicidade.

Precisei me libertar da necessidade de garantias

Escolher ser protagonista da sua vida é sinônimo de se conhecer, o que não é nada fácil. É acolher inseguranças, medos, ansiedades e construir uma fundação sólida para que tudo isso tenha espaço para ser mexido sem te destruir. Muitas vezes, me senti presa e impotente frente às armadilhas com as quais me deparei, o que é normal. Nem sempre tive as ferramentas que tenho agora. E, provavelmente, vou me sentir impotente de novo, diante de desafios que não me sinto capaz de superar. 

Eu, que gosto de garantias, apreciaria muito ter uma parede repleta de certificados, acordos que faço com o universo para que tudo saia como planejado, assinados em papel passado. A lista de pedidos é longa: nenhuma crítica, muitos elogios, livros vendidos, contrato para o próximo livro numa grande editora, com a Netflix para escrever uma série e por aí vai. 

Mas nunca consegui esses acordos. E, sinceramente, talvez nem existisse livro se tivesse saído tudo como planejado. Ou, talvez seja ao contrário, saiu exatamente tudo como planejado, eu que não tive a sutileza de perceber os “sims” por trás das rejeições. 

Tenha coragem para realizar seus sonhos!

Ser dona de si significa lidar com todas essas frustrações e ainda voltar para tentar de novo, do mesmo jeito, diferente, de cabeça pra baixo, mas tentar de novo. Não ter garantias não necessariamente me deixa mais feliz ou mais forte, mas é a única realidade possível. Não existe livro pronto sem a dúvida de se vão gostar da capa, do conteúdo, se vai vender, se vai ser um projeto do qual me orgulho ou me envergonho.

Escrever um livro é entregar tudo e não esperar por nada

Tento diminuir os danos fazendo meu melhor, virando noite editando, acompanhando cada detalhe da diagramação, indo vários dias seguidos buscar provas de impressão. Basicamente, fazendo tudo ao meu alcance para que seja um produto do qual me orgulhe, independente dos resultados. 

Aos 29 anos, no meio de uma crise existencial, escrevi que tinha construído os recursos necessários para me tornar escritora. Coloquei essa passagem no livro, porque eu não estava errada. O processo, que não é nada linear, só demorou mais do que eu gostaria. 

Eu, acostumada a buscar felicidade em portos desconectados de mim, precisei aprender a me ver no espelho por inteira antes de realizar desejos disfarçados de diplomas. 

A partir da semana que vem, vou passar a publicar algumas crônicas do livro no blog. Na newsletter, continuo levando uma parte do texto completo e dicas do que assistir, fazer, ouvir, etc.

Que venha a próxima fase, e que seja exatamente como planejada! 😉 

PS: Em breve, a data de lançamento em Nova York.

PS2: Semana que vem revelo a capa no Instagram.